Tecnologia Avançada para o Tratamento de Arritmias e Insuficiência Cardíaca

Os dispositivos cardíacos implantáveis representam um avanço significativo no tratamento de diversas condições cardíacas, especialmente arritmias graves e insuficiência cardíaca. O Dr. Eraldo Moraes, com sua especialização em Marcapasso (RQE 13300), realiza o implante destes dispositivos quando há indicação precisa, oferecendo aos pacientes as mais modernas tecnologias disponíveis.

Marca Passo

O marcapasso é um dispositivo eletrônico implantável que tem como função principal regular os batimentos cardíacos quando o sistema elétrico natural do coração não funciona adequadamente.

Como funciona o marcapasso:

O sistema de marcapasso consiste em um gerador de pulsos (uma pequena caixa metálica contendo bateria e circuitos eletrônicos) e um ou mais eletrodos (cabos finos e flexíveis) que são posicionados em contato com o músculo cardíaco. O dispositivo monitora constantemente o ritmo cardíaco e, quando detecta que o coração está batendo muito devagar ou com pausas, emite pequenos impulsos elétricos para estimular o coração a bater no ritmo adequado.

Principais indicações para implante de marcapasso:

  • Bradicardia sinusal sintomática: Quando o nó sinusal (o marcapasso natural do coração) não consegue manter um ritmo adequado, causando sintomas como tonturas, fadiga ou desmaios.
  • Bloqueio atrioventricular: Interrupção parcial ou total da condução elétrica entre os átrios e os ventrículos, podendo causar batimentos muito lentos ou pausas cardíacas.
  • Síndrome do seio carotídeo: Sensibilidade excessiva do seio carotídeo, levando a quedas súbitas da frequência cardíaca e da pressão arterial.
  • Síncopes neurocardiogênicas: Em casos selecionados, quando há componente cardioinibitório significativo.
  • Após ablação do nó atrioventricular: Em pacientes com fibrilação atrial de difícil controle que necessitam de ablação do nó AV.

O procedimento de implante:

  1. Preparo: O paciente recebe orientações sobre jejum e medicações antes do procedimento.
  2. Anestesia: Geralmente realizado sob sedação e anestesia local.
  3. Acesso: Pequena incisão, geralmente abaixo da clavícula.
  4. Implante: Os eletrodos são introduzidos através de uma veia e posicionados no coração sob orientação de fluoroscopia (raio-X em tempo real).
  5. Conexão e testes: Os eletrodos são conectados ao gerador, que é posicionado sob a pele, e são realizados testes para confirmar o funcionamento adequado.
  6. Recuperação: Período de observação hospitalar, geralmente com alta no dia seguinte.

Vida com marcapasso:

  • A maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucas semanas
  • Acompanhamento periódico para verificação do funcionamento do dispositivo
  • Possibilidade de monitoramento remoto em dispositivos mais modernos
  • Necessidade de substituição do gerador a cada 7-10 anos (dependendo do modelo e do uso)
  • Poucas restrições no dia a dia, com orientações específicas sobre exposição a campos eletromagnéticos intensos

CDI (Cardiodesfibrilador Implantável)

O Cardiodesfibrilador Implantável (CDI) é um dispositivo avançado que, além de todas as funções de um marcapasso, é capaz de detectar e tratar arritmias potencialmente fatais, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular.

Como funciona o CDI:

Semelhante ao marcapasso em sua estrutura básica, o CDI possui capacidades adicionais de monitoramento e intervenção. Quando detecta uma arritmia ventricular grave, o dispositivo pode:
  1. Estimulação antitaquicardia: Enviar uma série de impulsos rápidos para interromper certos tipos de taquicardia ventricular.
  2. Cardioversão: Aplicar um choque de baixa energia para reverter arritmias persistentes.
  3. Desfibrilação: Liberar um choque de alta energia para interromper arritmias potencialmente fatais, como a fibrilação ventricular.
  4. Função de marcapasso: Manter o ritmo cardíaco adequado em caso de bradicardia.

Principais indicações para implante de CDI:

  • Prevenção secundária: Para pacientes que já sofreram parada cardíaca ou taquicardia ventricular sustentada.
  • Prevenção primária: Para pacientes com alto risco de arritmias ventriculares graves devido a:
    • Cardiomiopatias (como a cardiomiopatia hipertrófica)
    • Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida
    • Síndromes arrítmicas hereditárias (como Síndrome de Brugada, Síndrome do QT Longo)
    • Cardiopatia isquêmica com função ventricular comprometida

Benefícios do CDI:

  • Proteção contínua contra arritmias potencialmente fatais
  • Redução significativa do risco de morte súbita cardíaca
  • Tranquilidade para pacientes e familiares
  • Registro de eventos arrítmicos para análise médica
  • Possibilidade de ajustes remotos em alguns modelos

Considerações importantes:

  • O procedimento de implante é similar ao do marcapasso, porém com um gerador geralmente um pouco maior
  • Pacientes com CDI devem seguir algumas precauções específicas em relação a equipamentos eletrônicos
  • É importante o suporte psicológico para adaptação à vida com o dispositivo
  • O acompanhamento médico regular é essencial para garantir o funcionamento adequado

Ressincronizadores Cardíacos

A Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC), também conhecida como marcapasso biventricular ou ressincronizador, é uma modalidade avançada de tratamento para pacientes com insuficiência cardíaca que apresentam dessincronia na contração dos ventrículos.

Como funciona o ressincronizador:

Este dispositivo utiliza três eletrodos: um no átrio direito, outro no ventrículo direito e um terceiro posicionado em uma veia cardíaca para estimular o ventrículo esquerdo. Esta configuração permite que ambos os ventrículos sejam estimulados de forma sincronizada, melhorando a eficiência da contração cardíaca.
O ressincronizador pode ser combinado com a função de desfibrilador (TRC-D) em pacientes que também têm indicação de CDI.

Principais indicações para TRC:

  • Insuficiência cardíaca sintomática apesar de tratamento medicamentoso otimizado
  • Fração de ejeção ventricular reduzida (geralmente ≤ 35%)
  • Bloqueio de ramo esquerdo ou outra evidência de dessincronia ventricular
  • Ritmo sinusal (embora alguns pacientes com fibrilação atrial também possam se beneficiar)

Benefícios da ressincronização cardíaca:

  • Melhora dos sintomas de insuficiência cardíaca
  • Aumento da capacidade de exercício
  • Melhora da qualidade de vida
  • Redução de hospitalizações
  • Aumento da sobrevida
  • Em alguns casos, melhora da função cardíaca (remodelamento reverso)

Procedimento de implante:

O implante de um ressincronizador é tecnicamente mais complexo que o de um marcapasso convencional, principalmente devido ao posicionamento do eletrodo do ventrículo esquerdo, que requer navegação pelo seio coronário. O procedimento é realizado por especialistas experientes como o Dr. Eraldo Moraes, garantindo os melhores resultados possíveis.

Acompanhamento pós-implante:

  • Consultas regulares para ajustes de programação
  • Monitoramento remoto quando disponível
  • Otimização contínua do tratamento medicamentoso
  • Avaliação periódica da função cardíaca
  • Orientações sobre atividades físicas e reabilitação cardíaca

Outras Especialidades

Conheça as outras especialidades do Dr. Eraldo Moraes:

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